25/01/09

homossexualidade versus adopção

2 da manhã. João acorda assustado com o pesadelo, chama pela mãe que barafusta por ter de se levantar. Madalena quer dormir e não tem paciência para os sonhos agitados do filho de 4 anos que dorme no quarto ao lado. O marido ainda não chegou, foi beber uns copos com os amigos, como é hábito, porque diz ele “precisa espairecer e está farto daquela vida”. Ela também.

2 da manhã. Sara acorda assustada com o sonho que a atormenta. As lágrimas saltam-lhe dos olhos enquanto chama pela irmã mais velha. É sempre a irmã mais velha quem a acalma durante a noite. Os pais quando estão nem a ouvem. A maioria das vezes não estão. Era a irmã que lhe dava o biberão, que lhe mudava a fralda, que lhe contava histórias até adormecer. É a irmã que a aconchega quando os maus sonhos a perturbam. Os pais têm a vida deles.

2 da manhã. Raul acorda em pranto. O pai corre para o quarto dele. Pelo caminho tropeça no tapete e bate com o joelho no móvel mas não sente a dor, envolvido na intenção de afagar o filho. Desde que Paula se foi embora tem sido complicado. Não estava preparado para uma família monoparental, nem para o constante acordar de Raul a chamar pela mãe.

2 da manhã. Vera acorda. Olha em redor tentando identificar o local. Tem uma vaga ideia do seu quarto em tons esverdeados onde outrora dormira. Após a morte dos pais ficou para trás, substituído por uma divisão de camas seguidas, onde tudo é impessoal e a luz se apaga ao sinal sem a mãe lhe aconchegar o cobertor e lhe dar um beijo. As lágrimas rolam-lhe silenciosamente pela face.

2 da manhã. Rui acorda gritando que o monstro o vai levar para a caverna. Os dois homens levantam-se e dirigem-se ao quarto vizinho. Alguns minutos depois de muita ternura, Rui adormece calmamente. De manhã enquanto juntos preparam o pequeno almoço, contará a Vasco que o monstro era azul e Luís explicar-lhe-á que não precisa ter medo porque eles estão ali.

2 da manhã...


Não tenho a menor dúvida que a todos eles faz falta uma referência feminina e masculina, mas também não tenho a menor dúvida que uma falta pode ser colmatada por outra coisa mais importante.


e agora? ainda é a felicidade o que está em causa?


61 comentários:

shark disse...

Aquele gajo lá ao fundo, na sétima fila, a aplaudir de pé, sou eu.

escarlate.due disse...

pois por mim podes deixar a sétima fila e ocupar o palco que é todo teu, Shark

Salto-Alto disse...

Sem dúvida que a questão da adopção é bem mais complicada...

escarlate.due disse...

que é muito complicada não tenho a menor dúvida, Salto Alto, seja por hetero seja por homo

Salto-Alto disse...

É sempre difícil imaginar todas estas situações... Em todos os casos que apontaste se mostra a dificuldade e o desamparo que as crianças podem sentir em cada uma das situações. E foi ao ler a segunda vez que me apercebi que relacionei este texto com o anterior e assumi logo que estivesses a falar de adopção.

escarlate.due disse...

e assumiste bem, Saltinho, porque estou mesmo!
nos comentários anteriores foi tónica frequente afirmar que o principal era a felicidade tudo o resto era secundário e aceitavel.
a minha questão agora é exactamente essa:
e se o tema for adopção o mais importante também é a felicidade da criança?

Salto-Alto disse...

E que boa questão colocas! :) Eu acho que o interesse da criança deve ser sempre posto em primeiro lugar e acho que isso ninguém discute. O problema está no entendimento do que seja esse interesse... :(
Na minha modesta opinião o vital é mudar mentalidades. Porque assim o argumento do "os filhos de homossexuais vão ser gozados na escola" deixa de valer. Porque as mentalidades evoluem. Acho que com tanto ódio e discórdia no mundo não faz sentido que se negue a 2 adultos o direito de poderem juntos e com amor educar e criar uma criança... Capazes de amar somos todos, independentemente do nosso sexo ou das nossas preferências sexuais..

P.S.: excelente post mesmo!

escarlate.due disse...

desta vez Saltinho, faço minhas as tuas palavras no que toca a mentalidades mas... sabes quantos séculos demoram as mentalidades a mudar?

já agora deixa-me acescentar que "os filhos de homossexuais vão ser gozados na escola"
é uma afirmação tão verdadeira como o era uns anos atrás aquela "filhos de pais divorciados são apontados na escola"
deixou de ser assim, pelo simples facto que uma boa percentagem dos filhos de hoje são-no de pais separados. qualquer dia os filhos de pais não divorciados são gozados na escola, mas essa é uma questão que deixamos para outra altura :)

obrigada pelo teu comentário (e todos os outros)!

shark disse...

A Salto-Alto também defende bem a sua perspectiva.
O caminho parece claro quando metemos a jogo aquilo que interessa e relegamos para segundo plano as questões tão obviamente secundárias.
Falaciosas, até...

Teté disse...

Eu acho que é sempre preferível a criança viver num ambiente familiar do que numa instituição. A não ser, está claro, quando esse ambiente é de violência ou descaso (devido a drogas, álcool, ou qualquer outra razão).

Não me parece que ser bom pai/mãe tenha a ver com a preferência sexual do progenitor (adoptivo ou biológico)...

Beijocas!

C Valente disse...

Saudações amigas

DANTE disse...

E não tenho duvida nenhuma de que nenhuma criança está bem sem uma familia.
Muito bom este post escarlate.

Jokas :)

Bruno Fehr disse...

A questão não é a felicidade mas sim a homossexualidade educativa, este é o perigo.

Eu não coloco em causa a capacidade de um homossexual de amar e educar uma criança, mas a questão é esta:

- Um casal hetero, educa uma criança que PODE crescer e ser homossexual.

- Um casal homo, educa uma criança que PODE crescer e tornar-se hetero.

A adopção homossexual poderá levar a um novo tipo de homossexualidade e educativo, pois as crianças não são adultos em miniatura e agem por imitação. Se o exemplo em casa são dois homens amarem-se ou duas mulheres as probabilidades da sua primeira paixão ser pelo mesmo sexo são imensas.

Conheço pessoalmente o caso de duas lésbicas com uma filha. Filha que nasceu e foi feita de forma natural, com a ajuda de um amigo. O dilema delas é não saberem exactamente como agir, agora que veem a menina com 3 anos a fazer casais de Barbie com Barbie, pois nao sabe o que fazer ao Ken. Ora o que poderá ela dizer à filha? Quem não é normal duas Barbies juntas, quando as duas mães estão juntas e são Barbies, dizer que sim, que é normal e deixar que isso influencie a sua personalidade?

Este é um dilema real de duas mães reais, que teem a vantagem de poder trazer o pai biológico para junto da menina. Mas no caso da adopção os pais biológicos não estarão lá e os amigos não bastam!

Este assunto precisa de mais estudo e desse estudo poderá surgir uma maneira de evitar a possível homossexualidade educativa. Mas em Portugal? Um país que nem educação sexual tem? Nao vejo isso como possível.

Portanto em caso de duvida, os homossexuais não devem adoptar. Devemos dar um passo de cada vez.

Há +- 1 ano escrevi sobre isto e um dos meus leitores assumidamente homossexual, revelou-se contra a adopção, com o argumento de que os homossexuais masculinos, são regra geral infiéis.

Acho que a questão da capacidade dos homossexuais de amar não está em questão, a questão é a criança e a sua evolução, o desenvolvimento da sua personalidade, isso sim é importante.

calamity jane disse...

Durante muito tempo não soube o que pensar em relação a este assunto. Por causa da mentalidade dos outros. Da maldade dos outros. Do estigma, da discriminação.
Mas sabendo como sei, que há 3 anos e meio existiam em Portugal 10800 crianças em instituições e que, destas, apenas 800 o seriam (infelizmente não tenho nºs mais actuais mas tb não tenho motivos para achar que evoluíram positivamente), só posso ser declarada e definitivamente A FAVOR. Como sou a favor da adopção por pessoas solteiras (consagrado pela lei mas na prática quase inexistente), mais novas, mais velhas, enfim, por uma democratização do direito à família. Sobretudo do direito de todas as crianças a uma família e não a serem largadas em instituições durante anos a fio.
Desculpa se me estiquei... ;-)

Anónimo disse...

amei estas tuas palavras! amei due.

Atlantys disse...

Gostei muito deste post e já me está a fazer pensar muito mais do que aquilo que pretendia a uma segunda-feira...
Sinceramente não sei mesmo o que responder a não ser o velho chavão "cada caso é um caso"...
Beijokas e boa semana para ti =)***

Sam disse...

-Então o monstro azul não existe?
- Nãooo a não ser que seja o Vitor baía hihihi
- ai que mêêêdooo, parvuuu. não digas isso à criança.
- Vais querer salsichas com os ovos?
-Só se for das grandes alemãs!
-Lindo menino, que vai crescer grande e forte e carregado de cremes!
Atão e o monstro Azul não vai aparecer mais?
- Não! se voltar a aparecer a gente come-o!
- e se ele fujir?
- é porque é um mostro hetero filho!

lololololol

beijo doce!
ps: deu-me uma ideia pra um post!

Vício disse...

e será que a felicidade é fruto de bom senso que não pode coexistir com o egoismo? (para além de outras coisas)

sim! é felicidade que falta!

Miriamdomar disse...

A referência feminina e masculina, faz falta mas não é fundamental!
O fundamental, é a felicidade da criança!
Quantos casos nós vemos, de crianças que têm o pai e a mãe e mais valia que não os tivessem!
Eu , infelizmente , duvido da capacidade das entidades sociais e judiciais portuguesas, para delegar a função de pais, a quem quer que seja!:(

escarlate.due disse...

Shark, o que mais me atrai nos comentários na Salto Alto é que apresentam sempre uma linha de pensamento clara e continua

escarlate.due disse...

ou também acho Teté, que fundamental é um ambiente harmonioso e esclarecedor

escarlate.due disse...

saudações CValente

escarlate.due disse...

nesse ponto estamos de acordo Dante! a questão é o conceito de família
jokas

escarlate.due disse...

desde já agradeço o seu comentário que ajuda o nosso raciocínio.

contudo, a 1º duvida que se me coloca ao lê-lo é que afirma “Eu não coloco em causa a capacidade de um homossexual de amar e educar uma criança” sublinho “e educar” depois afirma “Acho que a questão da capacidade dos homossexuais de amar não está em questão, a questão é a criança e a sua evolução, o desenvolvimento da sua personalidade”
ora vejamos… está a falar de educar ou não? afinal coloca ou não coloca em causa a capacidade?

depois aprsenta-me duas questões que não entendo porque obviamente não são contraditórias nem me colocam nenhuma dúvida.

as crianças agem tendencialmente por imitação, é certo. aliás por isso mesmo referi que lhes faz falta uma referência masculina e outra feminina mas tem a certeza que a falta de uma se traduz obrigatoriamente numa futura homossexualidade? então qual é a consequência do filho de um viúvo? estará condenado ao celibato? Não será possivel colmatar essa falta? a evolução baseia-se exclusivamente na imitação?

se vamos pelo caminho dos nossos conhecimentos devo dizer que durante mais de um ano tive, por motivos profissionais, contacto assíduo com diversos homossexuais. um desses casais educou a sobrinha de um dos elementos, que ainda hoje está casada com o meu primo pelo que me parece notoriamente heterossexual. é claro que nenhum deles se chamava Barbie (não sei se esse ponto é relevante)

seguindo ainda o seu raciocínio sou levada a crer firmemente que filhos de pais hetero não podem nunca ter um filho homossexual já que os seus pontos de imitação são heterossexuais. Mas isto contradiz uma das questões que coloca no inicio...

faço minhas as suas palavras quando refere que a questão é a criança. exactamente por a questão ser a criança é que me parece necessário que acima de tudo ela tenha um ambiente que promova a felicidade com uma educação FAMILIAR e escolar baseada na informação, segurança, afectividade e outros valores similares. evitar a possível homossexualidade futura da criança para mim é assunto secundário perante a felicidade de 1 ser humano, até porque pode perfeitamente acontecer numa familia hetero como bem referiu e todos sabemos.

quanto à infidelidade dos homossexuais abstenho-me de comentários e reencaminho-o para um dos post mais abaixo por quanto tenho a certeza absoluta que não é uma exclusividade desse grupo, nem pouco mais ou menos.

escarlate.due disse...

"Sobretudo do direito de todas as crianças a uma família" acrescenta harmoniosa e feliz e eu concordo em pleno contigo, Calamity

escarlate.due disse...

e eu amo aquelas crianças que como todas as outras deveriam ter direito a um lar e não têm porque a aversão à diferença fala mais alto, Cassamia

escarlate.due disse...

aceito esse argumento Atlantys, "cada caso é um caso" por isso mesmo é que sou apologista que a adopção requeira um cuidado extremo relativamente à capacidade dos futuros "pais" tornarem aquela criança feliz e farão dela um adulto potencialmente saudavel

escarlate.due disse...

doce beijo, Sam.
é tudo porque quando toca a crianças gosto de brincar com elas mas não de brincar sobre elas que acho perigoso demais, corre-se o risco de se tornarem adultos como tu :P

escarlate.due disse...

clarifica Vicio, que não consigo apanhar o teu raciocinio

escarlate.due disse...

tocaste num ponto importante, Miriamdomar.
quantas familias heterossexuais não têm capacidade para educar os seus filhos (são mais que muitas).
por isso mesmo é que concordei com a Atlantys quando diz que cada caso é um caso.
mas nessa selecção não creio ser relevante a opção sexual dos progenitores e sim a sua capacidade de tornarem aquela criança feliz.

quanto à dúvida entendo onde queres chegar mas nesse caso melhorem-se essas entidades

Ricardo disse...

Acho que as pessoas, antes de tomarem algumas decisões deveriam ponderar se é realmente aquilo que querem.
Há crianças que sofrem,uma vez, duas vezes, tres vezes...E, tornam-se adultos, sem saberem o que é ser criança, nem mesmo adolescente...

Beijo

escarlate.due disse...

nesse ponto estou de pleno acordo contigo, Ricardo

Fiona disse...

muito bem vistas todas as situações. é verdade que podem dizer que para o filho de um casal homossexual falta sempre a referência feminina ou masculina. mas em muitas outras situações também existe essa ausência tal como mostraste e muito bem. o que não significa que o amor não exista e a criança não se possa sentir bem. para mim o mais importante é o amor que se tem para dar (embora toda esta situação seja bem complicada de se resolver...)

NunoSioux disse...

O incrível é que todos nós (ou quase) passamos por situções destas (ou parecidas), e mesmo assim quando estamos na qualidade de Pai/Mãe (que não é o meu caso, com muita pena (raiva (pode-se por isto: () dentro disto:() tipo assim: (())?)minha), voltamos a repetir (ou re-editar) os mesmos erros (muitas vezez quase paranoías)!!!!!

O Papel da Mãe/Pai (quer queiram ou não antigamente era só mesmo mãe) tem mudado muito na nossa sociedade (e de muitos outros países evoluídos). Hoje já não se choca os filhos (tipo mão galinha (e quando são sogras pior!), basicamente a função hoje é:

-Ir por os putos à escola
-Buscar os putos à escola
-Vá comam que para irem para a Cama.
-Por os putos no vale dos lençois.
-Ir por os putos à escola
-Buscar os putos à escola
-Vá comam que para irem para a Cama.
-Por os putos no vale dos lençois.
-Ir por os putos à escola
-Buscar os putos à escola
-Vá comam que para irem para a Cama.
-Por os putos no vale dos lençois.
Mcdonalds ao Domimgo.
-Gelado na praia (volta dos tristes)
-Por os putos no vale dos lençois.
-Ir por os putos à escola
-Buscar os putos à escola
-Vá comam que para irem para a Cama.-Por os putos no vale dos lençois.
-Ir por os putos à escola
-Buscar os putos à escola
-Vá comam que para irem para a Cama.-Por os putos no vale dos lençois.
-Ir por os putos à escola
-Buscar os putos à escola
-Vá comam que para irem para a Cama.
Mcdonalds ao Domimgo.
-Gelado na praia (volta dos tristes)

(Axo que dá para teres uma ideia...)

Note-se que a palavra putos foi utilizada com frecuencia nas frazes propositadamente.

Coiso

Beijo..............

Ps: E não sou a favor da adopção por casais gays... Apenas por isto:

Um filho deve ter sempre um Pai e uma Mãe (Como em todos os seres da natureza.

E perguntam:
Ahh e os leoes?
Epah os Leões são pais ausentes mas defendem a manada (ou matilha?) (ou leonada?).
E a para mais o Sporting não é exemplo para ninguem!

Beijo

Ps: Agora a serio: É apenas a minha opinião......

:)

NunoSioux disse...

Ps:Adoro Z´s em todoz os ladoz!!!!!!

escarlate.due disse...

faz sempre falta a referência feminina e masculina, Sandra, estou de acordo, mas não é a única questão a ter em conta quando se fala em adopção por homossexuais porque essa falha também existe em hetero e nem por isso são impedidos de ter filhos (às vezes deviam ser...) ou de os adoptar

escarlate.due disse...

a questão que a brincar focaste é uma realidade, Nuno e uma realidade bastante mais frequente do que deveria ser. ou seja, essas crianças não têm nem pai e nem mãe, como o deveriam ter todos os seres da natureza. esses casais são por isso impedidos de ter ou adoptar crianças? não?!!! é no minimo estranho, não achas?!!!

beijo puto :)

NunoSioux disse...

Claro para conduzir um carro precisas de carta....

Etc...

Para teres um filho não precisas de nada (precisas só da cena da cegonha)

Mas...

Tambem é um direito natural de todos os animais....

Se bem que o problema está na selecção natural (que no homem já não existe)

No animal o mais forte vive, o mais fraco é para abater....

No homem não! (e ainda bem)

Por isso tudo o que gira na base dos principios humanos é muito discutivel!! Ainda por cima nos dias que correm, em que já nem principios há!)

Supostamente o homem deveria ter como primeira função procriar (como todos os bichos) mas.....

É essa a nossa ideologia de vida (hoje)?

Nós não vivemos, trabalhamos e gastamos dinheiro em depressões, e o que acontece no meio disto é:
Viver

Viver hoje é secundário

Estamos perante um problema social muito maior (e prioritárias) do que questões como esta............

Porque tem de passar muito por ai

1: o que somos?
O que fazemos?
Para que fim?
Porque estamos aqui?
Depois se resolve o resto........

Sou muito conservador?

Beijo

escarlate.due disse...

não Nuno, agora não foste nada conservador!
e essas são perguntas de resposta urgente





quanto a "viver" ser secundário... sabes a quem estás a perguntar isso, Nuno?

beijo enorme, puto

NunoSioux disse...

Tu vives a vida por dentro (como eu).
E sabes o que quero dizer com isto...
;)

Mas já agora (não fazendo disto msn), sinto que tens mais a dizer-me (agora e sempre), mas não dizes.....

Se é que me entendes........

Beijos For You.......

Hum.....

osbandalhos disse...

Na saga, espero que escrevas Homossexualidade vs Eleições Legislativas. Mais que ninguém, saberás aonde pôr o dedo (na ferida, diria eu :)

Francis disse...

Muito bem dito.
Sou a favor dos casamentos homosexuais, com direitos e deveres iguais.
Sou a favor da adopção por casais homosexuais.
Um homosexual não é um produto de um casamento heterosexual ?

Sam disse...

que honra, nunca me tinham chamado Adulto...já fui julgado como tal, mas deixaram ir porque disseram que eu era inimputavel!

bjecas disse...

Na minha opinião, a chave da coisa passa pela avaliação de capacidades. Concordo com a Atlantys (olá bizinha) em que cada caso é um caso. Iria até mais longe, para ter filhos também se deveria ser avaliado. Há por aí tanta gentalha que devia ter sido proibida...

Jinhos miúda

\m/

antónio paiva disse...

...

os teus últimos escritos são sem dúvida actuais, pertinentes, apesar de não necessitares, louvo-te a determinação e frontalidade.

há um longo caminho a percorrer, pois então; o melhor é começar já!

um beijo enorme.

claras manhãs disse...

Vou dar uma acha para a discussão, penso.
É bom ter-se a noção que já há centenas de crianças a ser educadas por homossexuais (homossexuais, são patra mim, tanto casais de homens como casais de mulheres), por ter havido um dos pais que mudou a sua orientação sexual.
Tanto quanto se sabe e já se sabe muito e já está muito estudado, não tem havido casos de mimetismo entre as crianças e os homessexuais que as educam.
É bom também ter em atenção, que os homessexuais não o são por mimetismo, se fosse esse o caso, garanto-lhes que não os havia, ou julgam que a vida deles é fácil?
Também é bom não esquecer que quando se chega à adolescência, qualquer filho, tem a 'obrigação' de pôr em causa tudo o que lhe foi ensinado, ou que viu fazer.
Já pensaram nos adolescentes mais reguilas, como eu fui, pôr tudo em causa?
Ainda nenhum tem filhos adolescentes?
Por isso o conceito de que os homossexuais incutiriam personalidades homossexuais nas crianças, cai pela base.
E sim, escarlate.due, o que interessa é a felicidade da criança, esse bem supremo que está tão posto de lado.
Garanto-lhes que esse fim a atingir é bem difícil, mesmo por pais ditos normais.

beijinhos

escarlate.due disse...

:)
beijos for you

escarlate.due disse...

essa parte Bandalhos, deixo para ti porque sobre homessexualidade já disse e já recolhi tudo o que me fazia falta

escarlate.due disse...

é mesmo Francis? sei lá... é capaz de haver quem duvide...

escarlate.due disse...

pois há Bjecas, muito mais do que parece, infelizmente
beijos miúdo

escarlate.due disse...

não António, não preciso, já passei essa fase :)
beijo enorme

escarlate.due disse...

obrigada pela contribuição Claras Manhãs.
já referimos exactamente isso nos comentários acima.
o meu já passou a adolescência e entretanto aprendeu a raciocinar pela sua própria cabecinha, felizmente. é claro que uma educação que conduza a isso nos deu muito trabalho mas valeu a pena. mas enfim, nós não fazemos questão que nos chamem normais seja qual for esse conceito de normal
beijinhos

escarlate.due disse...

desculpa Sam, saltei o teu comentário (podia ter sido propositado :P mas juro que não foi!!)
nunca te chamaram adulto? nalguma coisa eu havia de ser a 1ª! envia-me o prémio, sff!!! :P
doce beijo puto! :)

escarlate.due disse...

seja qual for a vossa opinião sobre o assunto, agradeço a todos o contributo que deram nestes 2 últimos post

pieces of me (Luna) disse...

Bem, em relação à adopção não poderia concordar mais. Às vezes o que conta não é o sexo que nos cria...mas o amor e a atenção com que o faz. Se bem que em termos legais a adopção hoje em dia ainda é muito dificil, demorada e dispendiosa.. e tudo para podermos dar um lar e amor a uma criança que está sozinha no mundo...

Anónimo disse...

Acompanhei esta belíssima discussão com entusiasmo... e depois de ler e reler também eu teci a minha opinião. É provável que as crianças hajam por imitação e que venham a “fazer casais de Barbie com Barbie” como refere o Bruno Fehr… mas e qual é o mal nisso?! Vivemos em sociedade e as crianças adoptadas por casais homossexuais (ao contrário de outras crianças) terão acesso a diferentes perspectivas e assim, espero que um dia façam as suas escolhas de forma informada e sem vergonhas.

Não há gravidade na escolha sexual de cada um… há antes uma enorme tristeza e solidão por parte de muitas crianças e de tantos casais, homossexuais ou não, que anseiam por dar tanto amor.

escarlate.due disse...

é dificil não só pela questão burocrática mas também pelos cuidados que exige tal passo.
compreensivel, não, Piece of me?!

escarlate.due disse...

era esse o objectivo, Carine, discutirmos opiniões para podermos conscientes formular a nossa

pieces of me (Luna) disse...

Não acho compreensivel um processo de adopçao demorarmais de 3 anos. Isso inica automaticamente que as crianças/adolescentes com mais de 14/15 anos podem perder toda a esperança de serem adoptadas, isto para nao falar que aos 18 anos têm que sair dos lares.. Acho que um processo de adopçao deveria demorar um ano... Meio para brucracias...outro meio para o lar de acolhimento..a experiencia na nova casa...etc..

escarlate.due disse...

parece-me que tens razão, Pieces, é demais, mas sobre essa questão também não estou muito informada, só sei que é preciso ter realmente muito cuidado, afinal há que analisar tudo pois é da vida de uma criança que se trata

pieces of me (Luna) disse...

Os cuidados são perdidos por muita gente na analise de candidaturas para adopçao, e enquanto isso perde-se mais tempo em brucracias, enquanto crescem crianças sozinhas, e ha muito maor para dar.
Recentemente fiz uma pesquisa na internet e não encontrei nenhum site em Portugal onde as pessoas se pudessem inscrever para adopçao... Diz-me...para acabar com parte deste tempo de espera, onde podemos ir, onde é que nos podemos inscrever? E no meio disto tudo, neste preciso momento devem haver crianças a chorar, a precisar de um abraço, de um carinho, de um "adoro-te"...e tudo por causa de brucracias...