24/11/09

Circular na rua, nas lojas, nos centros comerciais, jardins, transportes e demais locais públicos e a todo o momento ouvir filhos não sei de quem ou vai para a con@ da tua mãe é capaz de ser uma música agradável para alguns e nesse caso serei eu que tenho mau gosto (ou não…)

Está bem, chamem-me puritana, antiquada e o raio que o parta, porque eu nem me importo de ter um desses famosos rótulos a enfeitar-me, afinal há outros bem piores. Mas nem por isso vai deixar de quase (porque total é difícil) me irritar passar no raio de um corredor de escola ou universidade e ouvir a toda a hora, em altos berros caralh… fod… e afins como se estivessem a utilizar a linguagem mais delicada do mundo.

Pior ainda é ficar na dúvida se tais palavritas farão parte de um novo acordo ortográfico declaradamente assumido por professores (e srs drs ou stôres ou profs drs...) já que o mesmo se ouve nas magestosas boquinhas dos ditos cujos. Sendo assim, deverei adquirir o excelente e completo dicionário?...

Ok, palavrão toda a gente diz pelo menos 1 vez na vida, o mais não seja quando bate com a merd@ do carro, quando parte a porra dos ovos ou quando recebe a put@ da conta do gás ou mais grave, quando olha para o caralh@ do recibo de vencimento e percebe que alguém o está a fod..., mas… é mesmo preciso a toda a hora, a todo o momento e como se tivesse um megafone colado aos beiços, dizer cinco asneiras em cada duas palavras (não, não é erro de contas)?!

Caramba, não exagerem porque o dicionário, com ou sem acordo ortográfico, tem mais palavrinhas e a língua portuguesa embora traiçoeira, até é rica em vocábulos.


17/11/09

monstros

Gosto. De monstros. Daqueles esverdeados cor de vomitado. Daqueles que vêm atazanar-nos o juízo em noites de tempestade. Gosto dos monstros que nos povoam o sono de pesadelos. Daqueles monstros falsos, tipo gatinho escondido com rabo de fora. Daqueles monstros feios, mal formados, nojentos, mal cheirosos, com ar de poucos amigos. Aqueles monstros que se aproximam de mansinho, como quem não quer a coisa, mas querem. Gosto. Que hei-de eu fazer?! Gosto!

Gosto de lhes fazer frente. Gosto de os cortar aos bocadinhos tipo cebola para refogado. Gosto de os esfolar que nem coelhos. Gosto de os depenar que nem galinhas. Gosto de lhes enfiar o rabinho entre as pernas que nem cãozinho repreendido. Gosto de os espremer até à última gotinha. Gosto de vomitá-los e puxar o autoclismo.

Gosto! Gosto de enfrentar o monstro e saber que sou mais forte. Gosto de me contorcer a vergá-lo. Gosto que faça mossa mas não me quebre. Que me leve à loucura mas não à insanidade. Gosto do monstro de reles armas a quem ganho batalhas. Gosto! Gosto de saber que vencerá a guerra mas não me derrubará a mim!




"as árvores morrem de pé..."

2009-11-16



11/11/09

sonhos...

Ainda prefiro os que se tem acordada, paridos da macabra fusão entre razão e emoção, mesmo quando ilusão ou nunca concretizados...