30/01/09

agricultura

Eu sei que a chuva faz falta, mas também sei que com esta idade escusam de me regar que já não cresço e também é melhor não me lavarem demasiado porque se encolho mais, ainda desapareço.

Por outro lado, a chuva é boa para a agricultura mas… eu não sou uma couve!!!!!!!


A situação torna-se mais irritante, quando debaixo de um vendaval, a porcaria do pneu resolve brincar aos fura-balões e fazer greve.

Ainda mais irritante se torna quando o senhor polícia decide parar e aconchegado no interior do seu “Ferrari”, acha que sou melhor companhia que o condutor do mesmo e fica ali especado como um dois de paus, a apreciar o espectáculo sem pagar bilhete! #%&%$& (isto sou eu a pensar no novo acordo ortográfico)


Algum problema?

Não senhor guarda, como pode verificar não há problema nenhum!

Está mau tempo para se ter um furo

Nããã que ideia… nabos…

Diga?

Eu? Nada… estava a pensar na agricultura…

Pois para a agricultura é bom.

Sim, para os tomates! Pepino do caraças

Quer ajuda?

Só se, como bom cavalheiro, quiser abrir a porta e puxar o banco para eu me sentar, porque o resto já está!

E não é que finalmente saiu do carro e foi mesmo abrir a porta?!!!

Vá com cuidado que a estrada está molhada.

Quem diria…


29/01/09

Será engano?

António daqui, janta por UM euro, o nosso 1º Mininistro daqui, por DEZASSETE MIL euros...

28/01/09

há palavras assim

Pronto

Acho piada a esta palavra. Serve para tudo. Serve para quando está mesmo pronto e para quando ainda nem começou. Serve para iniciar conversa sobre nada, para encerrar a sobre tudo e serve, sobretudo, para quando não há conversa. Serve para não ter de inventar, nem de confessar. Serve para desenrascar ou somente para atrapalhar.

Deixa

É como a palavra deixa. É engraçada a palavra deixa. Pode-se deixar ou simplesmente virar costas. Às vezes serve para encerrar o que nem se iniciou e, muitas vezes, deixa-se correr porque nem se sabe que rumo dar.

Pronto! Deixa!

É como quando já me estás a tentar irritar. Ou quando me achas burra, que não sou, nem tu, mas pronto… e percebo muito bem que afinal, nem está pronto e nem deixa de estar, mas como não tens mais o que dizer, nem argumento para apresentar e como não te queres chatear (nem eu), pronto, deixa lá estar! O pronto serve de arranque e o deixa de ponto final. Depois, quando realmente estiver pronto, deixa um sinal, para que nos possamos prontificar a deixar-te passar.

Pois

Ah pois! É outra daquelas palavras engraçadas que dizem tudo sem dizerem nada!


tens dois dias para entregar isso!


27/01/09

...

"Quando pela primeira vez entrou na sala sentia uma estranha tranquilidade, ainda que as ideias não lhe parecessem firmes e a voz lhe soasse trémula. Não obstante entrou com determinação, confiante que aquela era a decisão acertada. Podia não ser mas acreditava que sim e acreditar era quanto bastava no momento. Ou não seria…

A pouco e pouco as luzes foram-se tornando suaves, até desaparecerem por completo qual lua adormecida em final de noite. Os sons atenuaram-se como cânticos longínquos e deixou-se levar como numa embriaguez, pela sensação de leveza, levitando num espaço e num tempo exclusivamente seu. Ou de ninguém...

Quando acordou nada lhe parecia real, reconhecível, familiar, nem o seu próprio corpo, nem o seu ser, nem o seu eu. Do sonho restara apenas um vácuo, do antes não sobrara nada para além de um odor a perfume, uma imagem difusa, um paladar amargo, uma textura desconhecida, um som abafado. E o medo, o terror que não tivera ao entrar, sentia-o agora ao acordar. E a dúvida que antes atormentara, estava agora esquecida ou substituída pelo mar de interrogações que lhe assolavam um cérebro confuso. Desordenado…

Restava-lhe juntar os cacos, arrumar a casa e preencher os espaços vazios. Ou a memória…"