Saltitou sobre o tempo da melodia traquina e dançou nas letras feitas de magia, no baloiço da fantasia, no riso de uma corrida. E brincou como uma criança endiabrada.
Estacionou sobre o tempo dos sonhos e loucuras, das ilusões e devaneios que fazem os cabelos voar ao vento, as pernas tremer e o amor florescer. E sentiu como jovem embriagada.
Parou sobre o tempo da pedra sobre pedra, do sério circunspecto, das palavras medidas, das lutas, das escadas que se sobem e descem como copo que se enche e logo vaza. E dançou como ser extasiado.
Sento-me sobre o tempo do tempo, da memória intemporal de uma melodia traquina feita de loucos sonhos que tornam a pedra mais firme. E do eterno místico secular faço o mítico tempo em que me sento e delicio-me como ente afortunado.