intrometermo-nos em zangas alheias pode não ser boa ideia

Sou apologista que toda a gente tem as “suas coisas”, aquelas que são só suas e nas quais não devemos imiscuir-nos.

Da mesma forma sempre achei que quezílias de dois devem ser resolvidas a dois.

Exceptuando-se apenas os casos em que nos solicitam parecer e, assim sendo, podemos manifestar opinião, cuidadosa e o mais objectiva possível. Intrometermo-nos à viva força é, por um lado, considerá-los idiotas ou incapazes de resolver os seus próprios problemas. Por outro lado, corremos o risco de os agravar porque não fazendo parte deles, talvez não sejamos mais do que intrusos indesejados, que na realidade não entendem exactamente a questão de discórdia e nem temos nada com isso, se assim o entenderem.

Agora, percebi que o mesmo que aplico a pessoas, posso e devo aplicar a animais. Protegi-as até se acalmarem, mantendo cada uma em seu canto, verifiquei que estavam saudáveis. Hoje abri as portas e deixei-as resolverem as suas próprias zaragatas sem me intrometer.

E lá estão as minhas duas gatitas, ainda meio amuadas uma com a outra, mas sem brigarem, sem agressão, vão miando, vão bufando (cada vez menos), vão-se espreitando uma à outra, vão recuando e avançando e, talvez amanhã, já tenham resolvido a sua zanga.

Afinal, talvez tenha acontecido apenas, que uma invadiu o “espaço” da outra, ou algum dos seus conceitos, sei lá, mas acredito que esse é um problema delas e a elas que compete resolver.

é claro que também as avisei que ou têm juizo ou viravam cabrito da páscoa :P