rir

Não sou muito de anedotas, acho sempre que as que vivo já me são suficientes. Mas hoje deparei-me com isto aqui e, sei lá porquê, não conseguia parar de rir. Um dos dois colegas que me acompanham na mesma mesa de trabalho, cada um em seu portátil e com os respectivos headphones, que nós gostamos de ir ouvindo música nos serões laborais, mas não pretendemos distrair o parceiro ou impor-lhe os nossos gostos; dizia eu, que o meu colega me olhou com aquela expressão habitual de “passou-se”. Enquanto isso o outro, ainda não tão habituado a estas lides, liberta os ouvidos, olha para o amontoado de livros sobre a mesa, misturado com papéis e mais umas tretas semelhantes, fita seriamente as chávenas de café vazias e um resto de pizza arrefecida e com o ar mais angelicalmente infeliz e inquisidor pergunta-lhe “é sempre assim, não é?!”, provocando-nos uma espontânea gargalhada.

É verdade que qualquer de nós gosta de rir, também é verdade que todos gostamos da profissão, é igualmente verdade que escolhemos a dedo quem connosco trabalha, até porque sabemos que nisso não somos osso fácil de roer e quem a nós se junta tem de se habituar a pedalar com afinco, mas também tem de ser capaz de encaixar neste nosso ritmo intercalado de muita brincadeira, de muito riso e sobretudo de muita cumplicidade, porque nós só sabemos produzir assim.

O meu agradecimento ao Francis e a todos os outros, que nos aliviam o cérebro nos intervalos e sobretudo nos fazem rir atenuando-nos o cansaço. Mas o meu maior obrigada e admiração vai para estes dois que aqui estão e todos os outros que por aqui passaram “porque com vocês é sempre mais fácil conseguir e é muito mais divertido”.

Sim N. é sempre assim e és bem vindo ao clube :)