o jogo (ou o título que não quero dar)

Vês, não custa nada! É tão claro como água. Basta dispores de algum tempo e copiares o que fazem. Não precisas instrução, muito menos cultura, não faz falta educação, nem sequer inteligência, não tens que observar e nem tão pouco pensar, é só copiar.

Estampas ao acaso, não importa o quê. São essas, afinal, as regras do jogo a jogar.

Depois, agarras o teu tempo, aquele que não faz falta e desatas a nadar, nem precisas raciocinar. Largas uma gota aqui, outra gota acolá e aguardas calmamente que o caudal te inunde. São os pontos a crescer, o contador a marcar.

Sem muito trabalho até podes descortinar arrastada pelo fluxo a grande variedade: sapos, rãs, lapas, enguias escorregadias. Terá sido impressão minha ou terei vislumbrado num bote naufragado uma raposa matreira, um carrapato e alguns peçonhentos? Mas se te deres a mais trabalho encontrarás, bem firme lá no fundo do mar, o peixe de qualidade em vias de extinção. Magnânimo, magnífico, respeitável. E uns peixinhos inocentes, perdidos na maré...

Pelo caminho divertes-te, ris à gargalhada e no final avalias se valeu a pena o tempo.

Depois de provado e comprovado, podes sentar-te sossegado na tua embarcação e começar realmente a navegar. Se entretanto, não te tiveres afogado, ainda podes tentar escrever ou, quem sabe, rever o jogo a jogar.

e agora só tentarei ecrever...