pintura de AA
Puxou-a contra si com a mesma sofreguidão com que se sacia a sede. Agarrou-a com a mesma avidez com que se mata a fome. Tomou-a com a mesma ambição com que se ganha uma batalha.
Percorreu-lhe o corpo com mãos de veludo, em beijos demorados, sussurros escaldantes, olhar obsceno.
Debaixo da água escaldante, sobre os lençóis de pano macio, no chão de pedra gelada, de corpos escorregadios deixaram-se possuir.
Sem nome, nem morada, sem um número de telemóvel, nem um singelo despedir, apenas o odor de dois corpos a subsistir à eternidade. Foram-se como se vieram.
2 comentários:
olá,
ando a ler-te com muita atenção...
("vadiei" um pouco sim, mas "curtir" nem por isso, a minha mãe decidiu partir no dia 14 de Novembro, acho eu que decidiu, sei lá, nada o fazia prever, mas ninguém adivinha não é?)
um beijo.
antónio
Tu não devias ler-me nem com muita e nem com pouca atenção, António!!!!! :P
quanto ao parêntesis... deixo-te um beijo que qualquer palavra estaria a mais
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